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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reflexão de Domingo 31° do Tempo Comum

O Evangelho deste domingo nos enche de uma serena esperança. Jesus não veio para o presente fácil, para o aplauso falaz ou pelo elogio barato dos que estão no recinto seguro, e sim "veio buscar e salvar o que estava perdido". Aquela sociedade judaica havia feito uma classificação fechada dos que valiam e dos que não valiam.
Jesus romperá esse elenco maldito, diante do escândalo dos hipócritas, e será frequente vê-lo em contato com os que estavam condenados a toda marginalização: doentes, estrangeiros, prostitutas e publicanos. Eram as pessoas a quem, por estarem perdidas, Ele havia vindo para buscar. Concretamente Zaqueu tinha em sua conta que era rico e chefe de publicanos, com uma profissão que o tornava foco de ódio diante do povo e com uma riqueza de duvidosa aquisição.
Jesus, como Pastor bom que busca uma ovelha perdida ou uma dracma extraviada, buscará também este Zaqueu e o chamará pelo seu nome para hospedar-se em sua casa: "Hoje a salvação entrou nesta casa".
Lucas emprega mais vezes, em seu evangelho, a palavra "hoje": quando Jesus começa seu ministério público ("Hoje se cumpre esta escritura que acabais de ouvir - Lc 4, 16-22); quando está com Dimas, o bom ladrão, no calvário ("Eu te asseguro que hoje estarás comigo no paraíso" - Lc 23, 43).
O ódio dirigido a Zaqueu, a sinalização que murmura, condena e inveja... não serviram para transformar esse homem tão baixinho como aproveitador. Bastou um olhar diferente em sua vida, foi suficiente que alguém o chamasse pelo seu nome com amor e entrasse em sua casa sem interesses lucrativos, para que este homem se transformasse, para que voltasse a começar corrigindo seus erros.
A escuridão não se clareia denunciando sua tenebrosidade, e sim colocando um pouco de luz. Isso é o que Jesus fez nessa casa e nessa vida. E Zaqueu compreendeu, pôde ver seu erro, sua mentira e sua injustiça à luz da Presença diferente. A luz misericordiosa de Jesus provocou em Zaqueu a mudança que não puderam obter os ódios e acusações sobre este homem. Esse foi seu hoje, o momento da sua salvação.
Poderemos fazer que nosso mundo escute essa voz de Alguém que nos chama pelo nosso nome, sem usar-nos nem manipular-nos, sem jogar mais terra em cima de nós, sem sinalizar inutilmente todas as regiões escuras da nossa sociedade e das nossas vidas pessoais, mas simplesmente colocando luz sobre elas? Queira o Senhor visitar também hoje a casa deste mundo e desta humanidade. Será o milagre de voltar a começar para quem acolher Jesus, como Zaqueu.
Dom Jesús Sanz Montes, OFM, arcebispo de Oviedo

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Discurso do papa Bento XVI aos bispos do Regional NE5 da CNBB em visita Ad limina


Em visita ad limina apostolorum, os bispos do Regional Nordeste 5 da CNBB (estado do Maranhão) foram recebidos em audiência pelo papa Bento XVI, que foi saudado pelo bispo emérito de Viana (MA), dom Xavier Gilles, ex-presidente do Regional.

"Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança", disse o papa.
São 14 os bispos que participam da visita, que termina no sábado, 30. Na agenda do episcopado maranhense há visitas aos dicastérios da Santa Sé, dentre outros compromissos. Ontem eles celebraram missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros



Leia, abaixo, a íntegra do discurso do papa.
Amados irmãos no episcopado,

«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.
Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. Gaudium et spes, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem,82).

Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. Gaudium et spes 75).
Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17 de setembro de 2010).

Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.
Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.

Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.

Quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Papa Bento XVI

Fonte: CNBB Nacional

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Festejo de Nossa Senhora do Rosário


Rosário vivenciou momentos de muita alegria, fé e devoção de 15 a 24 deste, com a celebração do Festejo de Nossa Senhora do Rosário. Com o tema Sob o olhar da Mãe do Rosário, caminhamos em Missão, fizemos memória dos 390 anos de anúncio do Evangelho em terras rosarienses, que coincide com fundação de nossa cidade iniciada com a fundação do Forte de Vera Cruz, na foz do Rio Itapecurú principal ponto de entrada para o interior do Maranhão.
Muitos foram os romeiros que aqui vieram para manifestar sua devoção e agradecimento por graças recebidas sob a interseção de Nossa Senhora do Rosário, depois de assistir as missas que aconteceram ao longo do dia 24 os devotos saíram em procissão com a imagem de Nossa Senhora do Rosário pelas ruas da cidade relembrando a caminhada do povo de Deus. Grande foi a alegria das famílias que se prepararam enfeitando as ruas e as casas por onde a procissão iria passar.
No final muita animação com o show da cantora Graça Lima e a caravana de sucesso do Armazém Paraíba com duplas sertanejas, Paulinha Lobão e programa Algo Mais e sorteios de prêmios.
De Parabéns Padre Hamilton e toda equipe de organização que prepararam um bom e animado festejo pra nossa padroeira e todos os seus devotos.
Fonte: Pascom Rosário

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Novena de Natal do Regional NE 5



O Natal está chegando e nós precisamos fazer a nossa preparação para melhor celebrá-lo. Por isso, o Regional Nordeste 5 apresenta o seu subsídio para que todos possam fazer esta preparação.
Neste ano, vamos realizar as nossas reflexões levando em consideração o conteúdo da Campanha para a Evangelização, que tem como tema: “Encarnação e nova criação”, e como lema: “Em Cristo, somos novas criaturas”.
O subsídio da Novena está disponível na sede do Secretariado Regional da CNBB, rua do Rancho, 57 – centro, em São Luís. Contatos fone (98) 3222.8341 ou por e-mail: cnbbne5@cnbbne5.org.br

Fonte: Regional Nordeste 5

Rumo aos 400 anos de evangelização.


A Arquidiocese de São Luis deu largada para a comemoração dos 400 anos de História de evangelização no Maranhão. Em preparação para o Grande Jubileu de 2012, as paróquias e demais movimentos, começaram a se organizar para celebrar este ano importante para a história da Igreja Católica em nosso estado.
Uma dessas paróquias é a do Espírito Santo do Alto Timbira que prepara a sua assembléia de Pastoral cujo tema é: sob a luz do Espírito rumo aos 400 anos de evangelização. Um dos objetivos é buscar resgatar a história da comunidade paroquial como parte integrante da grande história da evangelização em nosso estado.

Para isso, foram realizadas nos dias 21 a 24 deste mês quatro reuniões preparatórias. As três primeiras englobaram o três setores e tinham como finalidade integrar as comunidades e despertar o trabalho em conjunto. A última, realizada na manhã de domingo (24), avaliou os trabalhos realizados durante o ano de 2010 e elaborou um resumo histórico da paróquia da sua fundação até os dias atuais.

A paróquia do Alto Timbira é formada por nove comunidades: Bom Jesus da Lapa, São Lázaro, São Sebastião, Santa Gianna Bereta, Nossa senhora do Perpetuo Socorro, Sagrado Coração de Jesus, São Pedro, Nossa Senhora Aparecida e Divino Espírito Santo.

Outras ações também estão sendo feitas para reconstruir a história do evangelho em terras maranhenses, como outras publicações, programas televisivos, simpósios e celebrações. A assembléia pastoral paroquial da Paróquia Espírito Santo irá ocorrer nos dias 6 e 7 de Novembro, no salão da Igreja matriz, onde será lançado o livro síntese da história da Paróquia.


Texto: Ayrton Frank
Fotos: Élfica Safira
Revisão: Rodrigo César

Regional Nordeste 5 elege seu novo presidente


domgilbertopastanaoliveiraNesta segunda-feira, 25, o Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão) elegeu seu novo presidente. O bispo diocesano de Imperatriz (segunda maior diocese do Maranhão), dom Gilberto Pastana de Oliveira  assume a função até o término da gestão da atual presidência. Ele sucede o bispo emérito de Viana, dom Xavier Gilles Maupeou dÁbleiges, que estava à frente do Regional desde 2005 e teve sua renúncia ao governo da diocese de Viana aceita pelo papa Bento XVI no dia 7 de julho passado. Dom Xavier pediu a renúncia após completar  75 anos, em março, conforme prevê o cânon 401 § 1º do Código de Direito Canônico.
Na linha de sucessão, dom Gilberto será o quarto presidente do Regional desde a instalação da sede em São Luís no ano de 1991.
Visita Ad Limina
Os bispos do Regional Nordeste 5 se encontram no Vaticano, onde aconteceu a eleição do seu novo presidente. Os 14 bispos (11 diocesanos e 3 eméritos) começaram hoje sua Visita Ad Limina que segue até o próximo sábado, 30.
A partir de amanhã tem início a visita aos Dicastérios romanos [departamentos do Governo da Igreja Católica, que compõem a Cúria Romana]. A primeira visita será à Congregação para os Bispos, Doutrina da Fé, Leigos e Família. No dia 27, eles visitam a Congregação para o Clero, Educação Católica e encerram o dia com uma missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. No dia seguinte, os prelados visitam a Congregação para o Culto Divino e concelebram uma missa na Basílica de São João de Latrão. A reunião segue até sábado, 30.
Na visita ad Limina, que ocorre a cada cinco anos, os bispos do mundo inteiro são chamados a se encontrar com o papa e com os diversos organismos da Cúria Romana. Chama-se "ad Limina Apostolorum" por tratar-se da visita ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo, fundadores da Comunidade Cristã que está em Roma, onde se encontra a Sé de Pedro.

Além do encontro pessoal e em grupo com o Santo Padre, e da visita aos diversos organismos que fazem parte da Cúria Romana, os bispos celebram juntos a santa missa nas quatro basílicas papais de Roma: São Pedro, São Paulo Fora dos Muros, Santa Maria Maior, e São João de Latrão – sede da Diocese de Roma.

A visita ao túmulo dos Apóstolos representa sempre para os bispos um momento de profunda experiência eclesial, de fortalecimento da fé, e de confirmação e renovação na comunhão com o Sucessor de Pedro.
Fonte: CNBB Nacional

sábado, 23 de outubro de 2010

Hoje é dia do Missionário: A Atividade Missionária


Por ocasião do dia do missionário a equipe da Pascom Arquidiocesana parabeniza você que ouviu o chamado de Cristo e se pôs a caminho. Confira o trecho de uma reflexão de Dom Orani Tempesta.
Quando se fala em atividade missionária, aflora à nossa mente o apelo dos Bispos da América Latina recordando-nos a importância de ser Discípulos-Missionários de Jesus Cristo, para que n'Nele nossos povos tenham vida: "Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14,6). Ser discípulo, para fazer discípulos. Há um profundo e estreito envolvimento da Missão com o discipulado. O foco da Missão é também ser e fazer discípulos.
Quando a Igreja do Brasil, através de seus pastores, os bispos, convoca toda a comunidade cristã para a missão, sinaliza-se que algo novo e determinante está acontecendo. Há aqui uma chave de leitura das mais consistentes: a eclesialidade da Missão aponta para as exigências de uma ação evangelizadora que seja toda ela iluminada pela ação missionária. A dimensão missionária é parte integrante do caminho evangelizador da Igreja.
A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. É preciso reconhecer que o itinerário missionário da Igreja no Brasil tem se fortalecido. Por outro lado, ainda é frágil nossa consciência de vivermos em estado permanente de missão. Necessitamos também melhorar nossa ação e presença no âmbito da Missão além-fronteiras, universal.
Devemos recordar que os discípulos, por essência, são também missionários, em virtude do Batismo e da Confirmação, formamo-nos com coração universal. A Missão do anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo tem destinação universal. O Papa Bento XVI nos exorta dizendo que a Missão "ad gentes" se abra a novas dimensões: o campo da Missão ‘ad gentes' tem se ampliado notavelmente, e não é mais possível defini-lo baseando-se apenas em considerações geográficas ou jurídicas. Na verdade, os verdadeiros destinatários da atividade missionária do Povo de Deus não são somente os povos não-cristãos e das terras distantes, mas também os campos socioculturais e, sobretudo, os corações.

30 Domingo do Tempo Comum: O fariseu e o publicano

Neste domingo, Lucas nos apresenta novamente Jesus como mestre e especialmente como mestre de oração. Conhecedor do coração humano com suas luzes e sombras, sabe que a soberba e a falta de amor são sérios empecilhos para vivermos como filhos e filhas de Deus.    
Por meio da parábola de hoje, busca mostrar quais as atitudes que ajudam e quais as que não na vivência da relação com Deus, seu Pai, nosso Pai.

Antes de adentrarmos no comentário desta parábola, peçamos ajuda a nossa imaginação para situar-nos na cena que é narrada. Ela se realiza em um contexto urbano, mais concretamente na cidade de Jerusalém, no Templo, centro da vida religiosa e social do povo judeu. Dois são os personagens “visíveis” desta história: o fariseu e o publicano, que buscam se relacionar, a oração é isto, relação, comunicação de coração, com Deus, o terceiro personagem, não visível, mas presente.

Apresentemos o fariseu. Ele faz parte de um dos mais influentes setores do judaísmo. Demonstravam grande zelo pelas tradições teológicas e pelas práticas do culto. Mas muitas vezes sua prática religiosa era vazia e externa, pelo que mereceram a admoestação de Jesus de sepulcros caiados! (Mt 23,27). Por sua vez, os publicanos eram judeus que cobravam de seus irmãos de raça os impostos exigidos pelos romanos, arrecadando bastante dinheiro para si. Não eram queridos pelo seu próprio povo, a ponto de ser considerados fora da lei, o que fazia deles uns “marginalizados ricos”.

Esses dois homens se dirigem ao templo para rezar, como era costume dos judeus. Vão ao encontro com Deus. Olhemos para o fariseu que, de pé, se dirige a Deus: “Ó Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens...Eu faço jejum...”. Na verdade, suas palavras não nos revelam uma oração senão um orgulhoso monólogo.

Ele não está se dirigindo a Deus, nem buscando sua Presença, já que seu coração não tem espaço para a presença do Outro, porque está cheio de julgamentos e auto-suficiência. Não pode se relacionar com Deus quem despreza desse jeito seus irmãos ou irmãs, por mais que cumpra com os preceitos da lei, esquece o mais importante, o amor ao próximo. Talvez o Espírito fará ressoar em seu coração as palavras do profeta: “Misericórdia eu quero e não sacrifícios”! (Os 6,6), se as escuta será a possibilidade a iniciar um caminho de mudança de vida.

Levando nosso olhar para o publicano, vemo-lo numa atitude totalmente diferente: “ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito...”, reconhecendo-se como pecador.
Ele sabe de suas faltas  e de sua pobreza, seus gestos e palavras revelam humildade e busca sincera do perdão de Deus. Sabe que não tem nada para oferecer de méritos ou boas obras, mas tem a coragem de mendigar o Amor de Deus.

Não quer justificar seus erros nem acusa ninguém do mal feito. Sente o peso de sua própria consciência, mas confia em Deus, e pede humildemente sua salvação. E aqui está o principal desta parábola, o mistério da salvação. As últimas palavras de Jesus nos dão a chave para interpretá-la: “Eu declaro a vocês: este último voltou para casa justificado, o outro não”. Jesus quebra a mentalidade religiosa da época para a qual a salvação se tinha convertido num cumprimento de normas e preceitos vazios, sem amor, sem relação com o Outro. Como se a salvação pudesse ser comprada com jejuns, tributos e sacrifícios.


O Filho de Deus se revolta diante desta falsa imagem que os seres humanos fizeram de seu Pai, Deus de Misericórdia, que faz brilhar o sol sobre justos e injustos. Ele não precisa que seus filhos/as façam coisa alguma para merecer seu amor. Tampouco negocia o perdão. Ele ama incondicionalmente e gratuitamente. 
A parábola desenha também o terceiro personagem da sua narrativa, que, como já citamos, é “invisível”. É Deus mesmo, Pai de Misericórdia e Deus de todo consolo que tem um carinho especial pelos menos favorecidos.

O livro do Eclesiástico o descreve claramente: “Deus não é parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as súplicas dos oprimidos; jamais despreza a súplica do órfão, nem da viúva, quando desabafa suas mágoas” (Eclo 35,16-17). Entremos agora nós também no templo, que é o lugar que escolhemos para nos relacionar com Deus. Qual é nossa atitude o do fariseu ou do publicano?

MENSAGEM DO SETOR JUVENTUDE PELO DIA NACIONAL DA JUVENTUDE 2010


Mensagem do Setor Juventude pelo Dia Nacional da Juventude “Muita reza, muita luta, muita festa!”. Este é o slogan de 25 anos do Dia Nacional da Juventude, que acontece no próximo dia 24 em todo o país.

Para celebrar a data, o Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma mensagem, assinada pelo bispo referencial do Setor, dom Eduardo Pinheiro e pelo assessor nacional, padre Carlos Sávio da Costa, na qual parabeniza a todos os jovens do Brasil.

“Parabéns a todos aqueles e aquelas que, durante esses anos, não só mantêm acesa a chama deste evento, mas, através dele, provocam um olhar mais carinhoso, verdadeiro e respeitoso com relação a nossa juventude”, disse os representantes do Setor Juventude. Leia a íntegra da nota abaixo:

25 anos do DNJ

O mês de outubro, dedicado ao aprofundamento da dimensão missionária da nossa vocação de discípulo, foi escolhido para contemplar um dos maiores eventos de juventude da Igreja em nosso país: o Dia Nacional da Juventude (DNJ).

Estamos comemorando 25 anos de sua existência. Motivado pela promulgação do Ano Internacional da Juventude, pela ONU em 1985, o DNJ nasceu por iniciativa da Pastoral da Juventude e sempre quis ser um momento especial de manifestação da beleza, da força e do compromisso da nossa juventude. Percebendo a necessidade de proclamar bem alto a boa-nova de Jesus Cristo, este evento de massa vai às ruas e aos grandes espaços públicos para, juntamente com várias outras expressões de juventude, cantar a força da vida e mostrar a todos o quanto ainda se tem a aprender com o dinamismo juvenil.

Parabéns a todos aqueles e aquelas que, durante esses anos, não só mantêm acesa a chama deste evento, mas, através dele, provocam um olhar mais carinhoso, verdadeiro e respeitoso com relação a nossa juventude.

Este significativo Jubileu coincide com a manifestação que os jovens católicos, sob a orientação das pastorais da juventude, fazem nas praças para um ‘basta à violência juvenil’. A juventude é portadora de riquezas imensas, sonhos ousados, coração generoso, espiritualidade vibrante, muita energia e criatividade, e não podemos deixar que a violência social e cultural comprometa o presente que Deus nos concede com a vida dos jovens para a vida de nosso povo.

Ao festejar esta data memorável, vamos, todos, renovar nossa paixão pela juventude motivando-a, sobretudo, à paixão por Aquele que, chamando-nos de amigos, se coloca como o único Caminho, Verdade e Vida.

Brasília, 24 de outubro de 2010

Dom Eduardo Pinheiro da Silva, SDB
Bispo referencial para a Juventude-CNBB

Pe. Carlos Sávio da Costa Ribeiro
Assessor do Setor Juventude-CNBB

Fonte: CNBB Nacional

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Formação da Campanha da Fraternidade 2011


Tema: Fraternidade e a vida no planeta
Lema: A criação geme em dores de parto.
Assessor: Pe. Luiz Carlos Dias - Secretário Nacional da Campanha da Fraternidade e da Campanha para Evangelização da CNBB
Data: 22 a 24 de novembro de 2010
Local: Salão Paroquial da Igreja São José e São Pantaleão
Horários: das 14 às 17 e das 19 às 21h
Valor da Inscrição: R$ 15,00 ( com direito ao texto-base)

Texto: Vera Lúcia

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Papa escreve “Carta aos Seminaristas"


Por ocasião da conclusão do Ano Sacerdotal, o papa Bento XVI divulgou uma carta “Aos Seminaristas”. No texto, o pontífice lembra sua própria caminhada no Seminário e que ingressou na vida religiosa porque sabia “mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes”.  Isso em 1944, quando ele foi chamado para o serviço militar e a Alemanha vivia a devastação da 2ª Guerra Mundial.
Bento XVI destaca no texto que os “homens sempre terão necessidade de Deus, mesmo na época do predomínio da técnica e do mundo globalizado”. Ele afirma ainda que “fizestes bem os jovens encaminhar-se ao ministério sacerdotal”.
Ao longo do texto o pontífice procura fortalecer os jovens seminaristas, para que façam da casa “uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal”. Ele também toca em um ponto importante ao dizer que “quem quer tornar-se sacerdote deve ser, sobretudo, um ‘homem de Deus’”.
Ainda na carta, o papa conclama os jovens a aproveitarem os anos do seminário se revigorando da fé e fazendo render os anos de estudo. “Estudai com empenho”, diz ele. “É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura”, completa.
Na questão “sexualidade”, Bento XVI frisa que é “um dom de Deus” e relembra os abusos sexuais amargurados pela Igreja recentemente. “Tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes”. E ressalta que "o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura".
Fonte: CNBB Nacional

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dom Belisário celebra a 1ª noite da Quinzena do Pós-Círio em Belém – PA

Com uma homenagem aos romeiros maranhenses, no dia 11 de outubro, a Basílica Nossa Senhora de Nazaré – Belém, recebeu o Arcebispo de São Luis Dom José Belisário da Silva.O arcebispo metropolitano de São Luis presidiu a solene liturgia Eucarística as 19h,  concelebrada por padres de Belém e também de São Luis: Pe. Heitor Morais, Pe. Ricardo Moreira e o Pe. Ailton César que acompanhavam o Arcebispo na visita a Básilica.

No dia seguinte, em companhia de Dom Vicente Zico, Arcebispo emérito de Belém, dom Belisário e o padre Heitor Morais, visitaram a catedral de Belém; o Seminário São Pio X e a Fundação Nazaré de Comunicação, na qual gravou uma mensagem para o povo paraense. A Arquidiocese de São Luís agradece a calorosa acolhida manifestada pelo povo paraense nas pessoas do Pe. Ramos – Reitor da Basílica Nossa Senhora de Nazaré; Dom Vicente Zico, Arcebispo emérito de Belém; e de Dom Alberto Taveira, atual Arcebispo da Arquidiocese de Belém.

Confira as Fotos:























Texto e fotos: Pe. Heitor Morais

Dom Geraldo Dantas de Andrade celebrou 79 anos.


Dia 29 de setembro de 2010, foi uma data especial para a arquidiocese de São Luis. Os funcionários da cúria metropolitana celebraram mais um ano de vida do Bispo auxiliar emérito, dom Geraldo Dantas que completou 79 anos. Num clima de ação de graças, celebrou-se um momento de fraternidade, bênçãos e louvor pelo trabalho pastoral de Dom Geraldo.

Confira as fotos:




Texto e fotos: Pe. Heitor Morais

FUNDEL celebra seu 11° ano de existência

No dia 13 de outubro, a Fundação Dom José de Medeiros Delgado (FUNDEL) celebrou 11 anos de sua existência. Com a missão de anunciar através dos meios de comunicação TV Nazaré e Rede Vida, o Evangelho de Jesus Cristo, A FUNDEL proporciona a população católica de São Luis uma sadia programação. Para comemorar o evento o corpo de funcionários, celebrou em clima de oração e fraternidade em volta de um café da manhã mais um ano de trabalho e de graças.

Confira as fotos:
























Texto e fotos: Pe. Heitor Morais

ACOMPANHE OS PROGRAMAS LOCAIS DA TV NAZARÉ (CANAL 53)


Todas as Terças-Feiras e Sextas-Feiras as 12horas: Programa de Jornalismo Igreja & Notícias, com a jornalista Virgínia Diniz.
Vírginia Diniz apresenta nesse programa a vida da Igreja de São Luís, Nacional e no Mundo. Além de Entrevistar várias personalidades do mundo católico, e num formato jornalístico convida o telespectador a participar das atividades de nossa Igreja.
Todas as Quartas-Feiras as 16h30Programa Amigos de Nazaré, com o padre Heitor Morais.
O Padre Heitor Morais, num clima de oração, formação, partilha e fraternidade, convida o telespectador a fazer da sua sala de estar ou de onde assiste a TV Nazaré, a extensão da nossa TV.  Com entretenimento religioso, distribuídos em diversos quadros. O telespectador pode participar do programa escrevendo para: amigosnazare.fundel@gmail.com
Todos os Sábados as 8hTerço Mariano.
A Comunidade é convidada a entrar no clima de meditação mariana, animada pela reflexão da  Ir. Josecilda Feitosa.
Todos os Sábados as 8h30Caminhando com Maria.
No clima de espiritualidade mariana, somos convidados a acompanhar a reflexão que envolve a pessoa de Maria Santíssima.
Todos os Sábados as 14hPrograma Palavra e Vida.
Dom José Belisário da Silva, Arcebispo de São Luís do Maranhão, apresenta no primeiro bloco desse programa, sua reflexão a partir do Evangelho Dominical, e no segundo bloco, as ações pastorais ocorridas na Igreja Particular de São Luís.
Texto: Pe. Heitor Morais